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O grande golpe de 1889

Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve o banimento da família imperial, que se exilou na Europa. Em dezembro do mesmo ano, a imperatriz Dona Teresa Cristina faleceu em Portugal e, dois anos depois, em 1891, Dom Pedro II faleceria em Paris. Entre 1893 e 1908, a princesa Isabel, como única herdeira – sua irmã, a princesa Leopoldina, havia falecido em 1871 –, alugou o Palácio de Petrópolis para o Educandário Notre Dame de Sion.
Em seguida, entre 1909 e 1939, o Colégio São Vicente de Paulo funcionou no prédio. Nesse período, grande parte do mobiliário e demais objetos foram vendidos ou desapropriados. No São Vicente de Paulo, estudava um apaixonado por História: Alcindo de Azevedo Sodré. Graças a ele, que sonhava desde criança com a transformação do seu colégio em um museu histórico, o presidente Getúlio Vargas criou, em 29 de março de 1940, pelo Decreto-Lei n° 2.096, o Museu Imperial.
A partir de então, uma equipe técnica liderada pelo próprio Sodré, que se tornaria o primeiro diretor do Museu, tratou de estudar a história da edificação e localizar peças pertencentes à família imperial em diferentes palácios, para ilustrar o século XIX e o dia a dia de membros da dinastia dos Braganças. Importantes colecionadores nacionais juntaram-se ao projeto, doando objetos de interesse histórico e artístico. Como resultado, o Museu Imperial foi inaugurado em 16 de março de 1943, com um significativo acervo de peças relativas ao período imperial brasileiro. Ao longo das últimas sete décadas, acumulou expressivos conjuntos documentais, bibliográficos (muitos vindos diretamente do Castelo D'eu) e de objetos graças a generosas doações de centenas de cidadãos, totalizando um acervo de quase 300 mil itens. Grande parte da decoração interna ainda se preserva, como os pisos em pedras nobres, os estuques, candelabros e mobília, reconstituindo os ambientes

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